O Banco da Itália alertou nesta segunda-feira (5) que os planos do governo da premiê Giorgia Meloni de promover o uso de dinheiro em vez de pagamentos digitais correm o risco de impulsionar a economia paralela do país e dificultar a batalha contra a evasão fiscal.
A afirmação foi feita pelo chefe do serviço de estrutura econômica do banco central italiano, Fabrizio Balassone, em audiência na Câmara dos Deputados sobre a Lei Orçamentária.
"As disposições sobre pagamentos em dinheiro e a introdução de algumas instâncias que reduzem a carga fiscal dos contribuintes incumpridores correm o risco de entrar em conflito com o esforço de modernização do país incentivado pelo PLano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR) e com a necessidade de continuar a reduzir a evasão fiscal", afirmou.
O governo de Meloni planeja aumentar o limite legal para transações em dinheiro de mil euros para 5 mil euros, além de permitir que os comerciantes recusem pagamentos digitais de valores inferiores a 60 euros.
De acordo com Balassone, os limites de caixa são uma ferramenta importante para desencorajar a evasão fiscal e outras formas de atividade ilegal.
"Limites de dinheiro mais altos favorecem a economia paralela. As limitações ao uso de dinheiro representam um obstáculo para várias formas de crime e evasão", finalizou Balassone.
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