O presidente da Itália, Sergio Mattarella, publicou uma declaração oficial neste sábado (10) por conta do Dia Mundial dos Direitos Humanos e afirmou que as liberdades fundamentais ainda não foram atingidas no mundo.
"É desde 10 de dezembro de 1948 que a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que o respeito a pessoa e as suas liberdades fundamentais é um direito que pertence a toda a humanidade. O tema 'Dignidade, liberdade e justiça para todos' nos chama, esse ano, a metas que não foram atingidas em tantas partes do mundo", disse o chefe de Estado.
Segundo Mattarella, uma das provas disso é mostrada "dramaticamente pela brutal agressão sofrida pelo povo ucraniano, a repressão que muitos sofrem quando se opõem à violência contra as mulheres - e que terminam com inaceitáveis penas de morte - e as tentativas de suprimir as vozes dos jovens que manifestam pacificamente para pedir liberdade e maiores espaços de participação".
As referências indiretas da fala são a guerra iniciada pela Rússia em fevereiro, a crise social que atinge o Irã desde setembro após a morte da jovem Mahsa Amini por não usar o véu islâmico de maneira correta e os protestos dos jovens chineses contra a política rígida da 'Covid zero'.
"Os atingidos [por esses fatos] são sempre os mais vulneráveis e indefesos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos compromete todos os membros da comunidade internacional a terem comportamentos consistentes com esses princípios muito elevados e indispensáveis", acrescentou reforçando o compromisso do governo italiano com "iniciativas de defesa e promoção de direitos humanos".
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