O navio da ONG alemã Sea Eye atracou nesta sexta-feira (23) no porto de Livorno, na região da Toscana, na Itália, com 108 migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo. É a segunda embarcação em dois dias a ser destinada para o local, que não é normalmente utilizado para ações do tipo.
A estrutura receptiva montada para receber as pessoas conta novamente com funcionários públicos, equipes sanitárias e de ONGs, como a Cruz Vermelha. Até o momento, não há informações se há estrangeiros precisando de hospitalização.
Conforme informações da prefeitura local, 46 pessoas, incluindo crianças desacompanhadas, ficarão em centros de acolhimento na região da Toscana. Outras 32 irão para cidades da Emilia-Romana e as demais 30 para municípios de Lazio.
"Estou aliviado porque tinha muita ansiedade para ver como reagiríamos, mas preciso dizer que fizemos um grande trabalho. A Toscana e Livorno mostraram que têm uma bela face para mostrar para o resto do país", disse o prefeito local, Luca Salvetti.
Segundo o político, "o importante nesse momento era socorrer essas pessoas e fizemos isso da maneira mais organizada e digna possível". "Isso mostra que é assim que é preciso fazer. E as polêmicas sobre 'por que Livorno?', 'por que escolher um porto tão distante das zonas operacionais?', nós deixamos para discutir depois. Nós tínhamos uma obrigação e focamos nisso", acrescentou.
Normalmente, os portos designados para receber navios de ONGs ou de pessoas resgatadas pela Capitania dos Portos são os que estão localizados ao sul da Itália, uma das rotas migratórias mais usadas por quem tenta fugir de suas nações.
No entanto, o governo italiano - que vive uma queda de braço com as ONGs humanitárias - determinou que os migrantes que estavam nos barcos da Sea Eye 4 e da Life Support, que atracou na quinta-feira (22) com 142 pessoas, fossem para Livorno, na área centro-norte do país.
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