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Ativistas ambientais jogam tinta contra sede do Senado da Itália

Ativistas ambientais jogam tinta contra sede do Senado da Itália

Cinco pessoas foram presas por ato de vandalismo

ROMA, 02 janeiro 2023, 12:26

Redação ANSA

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Ativistas atacaram o Palazzo Madama, em Roma, para protestar contra política - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - Um grupo de ativistas ambientais jogou tinta contra o Palazzo Madama, sede do Senado da Itália em Roma, para protestar contra o "desinteresse da política" sobre as mudanças climáticas nesta segunda-feira (2).

Cinco pessoas foram presas pelos carabineiros e informaram ser parte do grupo Última Geração, braço italiano do Extinction Rebellion, movimento que diz lutar contra o colapso do clima e que fez vários ataques contra obras de arte famosas em museus da Europa.

Após a ação, o grupo reivindicou a ação com uma nota dizendo que o gesto "é um ato de desespero que deriva de estatísticas e dados cada vez mais alarmantes sobre o colapso ecoclimático, já iniciado, e o desinteresse do mundo político para enfrentar aquilo que se projeta como o maior genocídio da história da humanidade".

O presidente do Senado, Ignazio La Russa, condenou o vandalismo e disse que não há "nenhum álibi ou justificativa para um ato que ofende todas as instituições e que, graças ao sangue frio dos carabineiros, não acabou em violência".

O político do Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, ainda informou que convocou uma reunião extraordinária para debater a segurança do prédio.

A premiê italiana, também condenou o ataque. "Estou próxima ao presidente do Senado e a todos os senadores e condeno esse gesto ultrajante, incompatível com qualquer protesto civil", disse a primeira-ministra.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também se manifestou e afirmou que "a defesa do ambiente é um desafio sério e difícil que será vencido com o compromisso de todas as instituições". "Mas, lançar tinta contra o Senado não tem nada a ver com a luta contra as mudanças climáticas. É só um ato de vandalismo que deve ser condenado com firmeza", pontuou.

Já o ministro da Defesa, Guido Crosetto, ironizou o protesto, dizendo que "escolher sujar obras de arte ou edifícios históricos para defender o ambiente é como organizar um jantar entre amigos com o tema 'churrasco argentino' para lutar pelos veganos".

O titular da pasta do Ambiente e Segurança Energética, Gilberto Pichetto Fratin, chamou os atos de "inaceitáveis" e que devem ser punidos. E lembrou que o programa europeu de combate às mudanças climáticas "está no centro das preocupações dos governos".
   

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