(ANSA) - Um grupo de ativistas ambientais jogou tinta contra o Palazzo Madama, sede do Senado da Itália em Roma, para protestar contra o "desinteresse da política" sobre as mudanças climáticas nesta segunda-feira (2).
Cinco pessoas foram presas pelos carabineiros e informaram ser parte do grupo Última Geração, braço italiano do Extinction Rebellion, movimento que diz lutar contra o colapso do clima e que fez vários ataques contra obras de arte famosas em museus da Europa.
Após a ação, o grupo reivindicou a ação com uma nota dizendo que o gesto "é um ato de desespero que deriva de estatísticas e dados cada vez mais alarmantes sobre o colapso ecoclimático, já iniciado, e o desinteresse do mundo político para enfrentar aquilo que se projeta como o maior genocídio da história da humanidade".
O presidente do Senado, Ignazio La Russa, condenou o vandalismo e disse que não há "nenhum álibi ou justificativa para um ato que ofende todas as instituições e que, graças ao sangue frio dos carabineiros, não acabou em violência".
O político do Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, ainda informou que convocou uma reunião extraordinária para debater a segurança do prédio.
A premiê italiana, também condenou o ataque. "Estou próxima ao presidente do Senado e a todos os senadores e condeno esse gesto ultrajante, incompatível com qualquer protesto civil", disse a primeira-ministra.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também se manifestou e afirmou que "a defesa do ambiente é um desafio sério e difícil que será vencido com o compromisso de todas as instituições". "Mas, lançar tinta contra o Senado não tem nada a ver com a luta contra as mudanças climáticas. É só um ato de vandalismo que deve ser condenado com firmeza", pontuou.
Já o ministro da Defesa, Guido Crosetto, ironizou o protesto, dizendo que "escolher sujar obras de arte ou edifícios históricos para defender o ambiente é como organizar um jantar entre amigos com o tema 'churrasco argentino' para lutar pelos veganos".
O titular da pasta do Ambiente e Segurança Energética, Gilberto Pichetto Fratin, chamou os atos de "inaceitáveis" e que devem ser punidos. E lembrou que o programa europeu de combate às mudanças climáticas "está no centro das preocupações dos governos".
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