(ANSA) - As associações que representam os postos de gasolina da Itália confirmaram nesta quinta-feira (19) a greve do setor convocada para a semana que vem, após o fracasso nas negociações com o governo para evitar a paralisação.
"Estou profundamente desapontado", disse o presidente da Federação Italiana dos Gestores de Postos Rodoviários (Figisc), Bruno Bearzi, após uma reunião com o ministro das Empresas, Adolfo Urso. "Esperávamos muito mais para cancelar a greve", acrescentou.
A paralisação foi convocada em protesto contra as acusações de especulação dirigidas à categoria devido à recente alta nos preços dos combustíveis, movimento iniciado após o fim das desonerações da gasolina na virada de ano.
Para combater a inflação no setor, o governo de Giorgia Meloni aprovou um decreto que obriga os postos a exibir o preço médio nacional ao lado dos valores cobrados no próprio estabelecimento, medida que irritou os gestores.
"Houve um esforço para reduzir as multas, mas permanece a obrigação de exibir os preços. A mensagem que fica é que somos uma categoria a ser mantida sob controle porque especulamos", disse Bearzi, acrescentando que os postos continuam disponíveis a negociar.
Inicialmente, o decreto previa multas de até 6 mil euros, porém o governo propôs a redução do valor máximo para 800 euros.
A paralisação está prevista para começar às 19h de 24 de janeiro e deve durar 48 horas, mas garantirá serviços mínimos essenciais. (ANSA)
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