(ANSA) - O líder da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro, preso na última segunda-feira (16) após quase 30 anos foragido, optou por não participar nesta quinta (19) de uma audiência de apelação de um processo sobre os atentados que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
Preso na penitenciária de segurança máxima de L'Aquila, Messina Denaro poderia participar do julgamento, realizado em um tribunal-bunker de Caltanissetta, na Sicília, por videoconferência, mas renunciou a estar presente.
Em outubro de 2020, o mafioso foi condenado em primeira instância à prisão perpétua como mandante dos dois atentados, ocorridos em 1992 e que se tornaram um marco na luta contra a máfia na Itália.
Uma nova audiência do processo de apelação foi marcada para 9 de março, para permitir que a nova advogada de confiança de Messina Denaro, sua sobrinha Lorenza Guttadauro, possa estar presente.
"Todos esperamos que ele colabore, mas ninguém pode saber", disse o procurador-geral de Caltanissetta, Antonino Patti, ao fim do julgamento desta quinta.
De acordo com a acusação, Messina Denaro foi um dos responsáveis por iniciar a "era dos massacres" na Cosa Nostra, com atentados nas principais cidades do país, incluindo aqueles que mataram Falcone e Borsellino. (ANSA)
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