(ANSA) - O governo italiano informou neste sábado (28) que a embaixada de Roma em Berlim, na Alemanha, e a sede do Consulado Geral da Itália em Barcelona, na Espanha, foram alvos de ataques na noite passada.
O primeiro atentado provocou o incêndio do carro do conselheiro da Embaixada da Itália em Berlim, Luigi Estero. Já o segundo teve como alvo o prédio onde fica o Consulado Geral da Itália em Barcelona, cujas janelas foram quebradas e a parede da entrada do edifício foi pichada. Ninguém ficou ferido.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou o ocorrido e disse que seu governo segue com "atenção e preocupação estes novos casos de violência contra os nossos funcionários e missões diplomáticas".
"Enviei minha solidariedade e a do governo italiano ao primeiro conselheiro da Embaixada da Itália em Berlim, Luigi Estero, pelo atentado que provocou o incêndio de seu carro na capital alemã", declarou ela.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, "contatou a Embaixada em Berlim e o Consulado em Barcelona para expressar sua solidariedade e pediu que toda a luz seja lançada o mais rápido possível sobre a dinâmica desses atos criminosos".
O chanceler italiano ordenou ainda "o início imediato dos procedimentos de verificação e reforço das repartições diplomáticas e do pessoal envolvido".
"As forças policiais locais realizaram os levantamentos científicos e de investigação necessários. Em ambos os casos, felizmente, não foram registrados feridos", conclui a nota da Farnesina.
O caso gerou comoção na Itália e diversos políticos reagiram. O presidente do Senado, Ignazio La Russa, afirmou que "os repetidos ataques aos escritórios diplomáticos italianos são motivo de grande preocupação. É necessário e urgente entender quais são as razões e se há uma única direção por trás desses atos criminosos".
Já o líder da Câmara, Lorenzo Fontana, ressaltou que "o atentado que provocou o incêndio de seu carro na capital alemã é um fato gravíssimo, que se soma aos atos de vandalismo que ocorreram algumas horas antes contra o Consulado Geral em Barcelona".
O Ministério Público de Roma aguarda novas informações da Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) para iniciar uma investigação antiterrorismo. No momento, não há detalhes sobre os autores dos ataques, mas existe a suspeita de que os episódios estejam ligados a grupos anarquistas.
Em dezembro passado, inclusive, anarquistas gregos reivindicaram o ataque contra dois carros da primeira conselheira da embaixada da Itália em Atenas, Susanna Schlein.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA