(ANSA) - Entre 2012 e 2021, o sul da Itália perdeu 525 mil moradores, informou um relatório divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) sobre os movimentos de migração interna e externa.
Só em 2021, a mobilidade interna na Itália cresceu 6,7% em relação ao ano precedente (1,4 milhão de transferências).
O Istat ainda divulgou dados provisórios de 2022, considerando os meses de janeiro a outubro, e apontou que o fluxo interno continua aumentando (+4%) e também do exterior (+13%). Já a saída do país tem queda de 20%.
Detalhando as mudanças por localidade, o instituto informou que foram cerca de 1,1 milhão os movimentos de saída do Sul e das ilhas em direção a cidades do centro-norte italiano e de 613 mil na rota inversa.
As regiões do chamado Mezzogiorno que mais registraram saída foram Campânia (30% das mudanças), seguida pela Sicília (23%) e pela Puglia (18%). Já em termos relativos com a população residente, a região com maior taxa é a Calábria, com transferências em 8 a cada mil moradores.
Em números absolutos, essas pessoas foram em sua maioria para a Lombardia (28%), mas em termos relativos a que mais recebeu foi a Emilia-Romagna, com quatro mudanças a cada mil habitantes.
Em 2021, foram ainda 244 mil registros de estrangeiros, uma alta de 27% na comparação com 2020. Entre os países europeus, a Albânia está no topo da lista, com uma alta de 28,4% - seguida pela Ucrânia (+68,6%).
Voltou também o fluxo dos migrantes de proveniência africana, em particular, os de Marrocos (15 mil pessoas, alta de 23%). Já da Ásia, quase dobrou a quantidade de pessoas que vieram de Bangladesh (15 mil, aumento de 87%). Também houve elevação nos dados do Paquistão (14 mil, +48%) e da Índia (11 mil, +56%).
Já a repatriação dos italianos que viviam no exterior em 2021 teve alta de 34% na comparação com 2020 (75 mil). Desse total, 27% voltaram do Reino Unido e da Alemanha.
A área sul da Itália é a que tem as regiões mais carentes, em situação que foi agravada durante a pandemia de Covid-19.
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