(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia Meloni, faz nesta terça-feira (21) sua primeira visita à Ucrânia desde que assumiu o poder, às vésperas do aniversário de um ano da invasão russa ao país.
No dia seguinte à visita surpresa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a primeira-ministra chegou de trem em Kiev, proveniente da Polônia, e afirmou que se sente "honrada" pela viagem. "É meu dever estar aqui", afirmou Meloni ao desembarcar.
"É obrigatório estar aqui para reiterar a posição do governo italiano e saber pessoalmente do que um povo que luta pela liberdade precisa", acrescentou.
Após chegar em Kiev, a premiê se dirigiu para Bucha, cidade dos arredores da capital que foi devastada pelas tropas russas no início da invasão.
No município, Meloni visitou uma igreja ortodoxa e depositou uma coroa de flores para vítimas enterradas em valas comuns.
"Podem contar com a Itália, estamos com vocês desde o início e estaremos até o fim", prometeu a primeira-ministra, que ganhou das autoridades locais uma medalha feita de balas usadas e com a inscrição "Cidade não conquistada".
"Lutaremos por vocês e por sua liberdade", acrescentou Meloni ao concluir sua visita a Bucha. Em seguida, a premiê foi à vizinha Irpin, também palco de possíveis crimes de guerra e contra a humanidade durante a breve ocupação russa no ano passado.
Meloni entregou ás autoridades locais dois geradores de energia, parte de um lote de 52 unidades doado pelo governo italiano. "Espero conseguir passar aos italianos aquilo que eu vi", ressaltou. Após passar por Irpin, a primeira-ministra voltou a Kiev para se reunir com o presidente Volodymyr Zelensky.
A visita acontece poucos dias depois de o ex-premiê e senador Silvio Berlusconi, aliado de Meloni, ter culpado o chefe de Estado ucraniano pela invasão russa, o que fez membros do governo italiano virem a público para reiterar o apoio incondicional a Kiev.
Em entrevista à ANSA, o embaixador da Ucrânia em Roma, Yaroslav Melnyk, disse que a visita de Meloni é "mais um forte sinal de apoio". "A Itália nos dá um forte suporte em nosso percurso rumo à adesão à União Europeia, aprecio muito a liderança de Roma", salientou. (ANSA)
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