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Itália alerta que guerra russa ameaça estabilidade internacional

Itália alerta que guerra russa ameaça estabilidade internacional

Chanceler italiano participou de Conselho de Segurança da ONU

NOVA YORK, 25 fevereiro 2023, 12:34

Redação ANSA

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Demonstration in Florida on one year anniversary of Russian invasion of Ukraine © ANSA/EPA

(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta sexta-feira (24) que a invasão russa à Ucrânia é uma "ameaça à segurança e a estabilidade internacional".

A declaração foi dada pelo italiano ao Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia em Nova York, onde relançou a necessidade de uma "zona franca" ao redor da usina de Zaporizhzhia, a renovação do acordo sobre os grãos e uma reforma do próprio conselho envolvendo outros países.

"A agressão ilegal e injustificada da Rússia não é apenas uma clara violação da carta da ONU e uma ameaça à segurança e estabilidade internacional, mas também causa uma interrupção sistemática dos canais de abastecimento com múltiplas consequências que afetam amplamente os países mais vulneráveis do hemisfério sul", declarou Tajani.

De acordo com o chanceler italiano, "os ataques da Rússia são inaceitáveis e devem ser interrompidos imediatamente". "Não somos contra os cidadãos russos, mas a favor da democracia, da liberdade e das regras internacionais", acrescentou ele, invocando uma "paz justa".

Mais cedo, o Conselho de Segurança da ONU respeitou um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia, por ocasião do primeiro aniversário da invasão russa. A homenagem foi feita a pedido do chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou sua mensagem sobre o conflito, destacando que a guerra é uma "violação flagrante da Carta das Nações Unidas e do direito internacional".

O diplomata português pediu novamente para o regime de Vladimir Putin retirar suas tropas do território ucraniano, tendo em vista que esta pode ser "a pior guerra desde o início do século", com consequências trágicas e impactos globais imprevisíveis.

Já a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, reforçou que "paz deve significar paz". "Não que ignoremos quem é o agressor e quem é a vítima. Não nomear o agressor significaria aceitar um mundo onde escolas são bombardeadas, onde pessoas são mortas enquanto dirigem uma bicicleta", concluiu.
   

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