(ANSA) - Os ministros do Interior da Itália, Chipre, Grécia, Malta e Espanha, que compõem o chamado grupo "MED5", se reuniram neste sábado (4), em Valeta, para discutir a crise migratória após o trágico naufrágio na costa da Calábria, no qual ao menos 70 migrantes morreram.
Os cinco países da União Europeia que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo reagiram contra seus vizinhos por não aceitarem requerentes de asilo sob um esquema voluntário.
"Não podemos continuar a falar sobre a necessidade de impor mais responsabilidade aos Estados-membros da linha de frente, se não houver um mecanismo de solidariedade igualmente prescritivo e obrigatório para os países de primeira recepção", declarou o ministro de MIgração e Asilo da Grécia, Notis Mitarachi.
Em comunicado final, o grupo afirmou que "o reforço da vigilância das fronteiras marítimas e terrestres, incluindo através da vigilância aérea pré-fronteiras, é um componente essencial da luta dos Estados-Membros e da União Europeia contra o tráfico de migrantes".
"Acreditamos que a Frontex deveria dedicar mais recursos a esta tarefa, incluindo a vigilância das águas internacionais", diz o texto final da cúpula realizada em Malta.
O chamado "Med5" apelou à disponibilização de "fundos e meios significativos da UE para apoiar os Estados-Membros no reforço das capacidades e infraestruturas de proteção das fronteiras, meios e equipamentos de vigilância".
A declaração conjunta também se concentra nos "esforços para prevenir a migração irregular, com o objetivo de evitar a perda de vidas no mar, bem como o abuso de migrantes por contrabandistas".
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