(ANSA) - A Comissão Europeia começou a trabalhar em um "novo programa regional para combater o tráfico de migrantes e o tráfico de seres humanos no norte da África", em particular, no apoio a iniciativas em parceria com Marrocos, Egito e Tunísia, informa a entidade à ANSA nesta quinta-feira (13).
Por conta disso, a comissária do Interior do bloco, Ylva Johansson, irá para a Tunísia no fim do mês de abril "para discutir a gestão da migração com o apoio da UE" e para colocar em prática a parceria operacional proposta ao longo do último conselho de Assuntos Externos.
O Executivo europeu está "consciente" da situação "particularmente complicada" na rota do Mediterrâneo Central - do norte da África para a Itália e Malta - e destaca que em breve "colocará em ação uma aproximação global com medidas operacionais e financeiras".
Desde o início do ano, mais de 30 mil pessoas chegaram ao território italiano por meio desta via, um número quatro vezes maior do que nos últimos dois anos. Além disso, houve no mínimo 441 mortes durante a perigosa travessia no mar.
Fontes da Comissão ainda informaram que as reuniões na Tunísia devem focar na prevenção das partidas de barcos irregulares, com particular atenção ao início de um acordo antitráfico, no aumento das operações de busca e salvamento, nas repatriações e reintegrações (do país às demais nações da África Subsaariana) e no reforço das oportunidades de migração legal por parte dos Estados-membros.
Itália debate mudanças
A Itália está debatendo mudanças propostas pelo governo de Giorgia Meloni sobre as questões migratórias após a decretação de estado de emergência nacional pelo tema.
Uma delas, conforme fontes, reimpõe uma das medidas polêmicas já implementadas em 2019 por Matteo Salvini, então ministro do Interior e atual da Infraestrutura, que exclui a possibilidade de abrigar solicitantes de asilo na rede do Sistema de Acolhimento e Integração das Cidades do país.
Além disso, segundo fontes, a gestão do centro de acolhimento de Imbriacola, na ilha italiana de Lampedusa, pode passar para o gerenciamento da Cruz Vermelha italiana até 31 de dezembro de 2025 "para assegurar adequados níveis de acolhimento".
O local tem a capacidade para abrigar 400 pessoas, mas comumente está superlotado. Na última atualização desta semana, eram cerca de 1,4 mil migrantes no hub.
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