(ANSA) - O Conselho Constitucional da França aprovou nesta sexta-feira (14) as normas essenciais da reforma da previdência, em particular o artigo mais contestado, o qual aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos.
A Corte rejeitou o pedido de 250 deputados da oposição francesa para realizar um referendo de iniciativa comum sobre a reforma da previdência. A decisão é uma vitória do presidente Emmanuel Macron após três meses de protestos contra a legislação e provocou novas reações hoje.
A expectativa é de que Macron promulgue a reforma previdenciária em 48 horas, segundo a BFMTV. No entanto, ele pode aprovar o projeto de lei em 15 dias.
"O governo toma nota da decisão do Conselho Constitucional. Com esta reforma, o nosso sistema de aposentadorias estará equilibrado em 2030", diz um comunicado da administração de Macron, ressaltando que "nos 36 artigos do projeto de lei, 30 foram integralmente validados, dois parcialmente e quatro considerados como 'cavaleiros sociais', ou seja, não devem ser incluídos numa lei de financiamento da segurança social".
Após a aprovação, o líder radical de esquerda, Jean-Luc Mélenchon, condenou a decisão que mostra um Conselho Constitucional "mais atento às necessidades do presidente do que as do povo soberano". "A luta continua, devemos reunir forças", enfatizou.
Um novo protesto contra a decisão do Conselho Constitucional que validou grande parte da reforma previdenciária está sendo organizado em toda a França. Em Paris, centenas de pessoas estão reunidas na praça do Hotel de Ville, sede do município.
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