(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, se reuniu nesta segunda-feira (17) com seu homólogo, Andrzej Duda, reafirmou o apoio à Ucrânia, mas cobrou mudanças na União Europeia.
Sobre as questões migratórias, com o aumento na chegada de estrangeiros em 2023, Mattarella cobrou que o tema seja enfrentado de "maneira conjunta e como um problema de União Europeia porque a UE pode fazer isso com uma ação coordenada".
"Serve uma nova política de asilo superando velhas regras que já são pré-históricas", acrescentou.
A Polônia, por sua vez, sempre fez parte do grupo de países do Visegrad, que rejeita medidas de acolhimento amplo para os migrantes. Apesar da guerra na Ucrânia ter diminuído a união do grupo que inclui Hungria, Eslováquia e República Tcheca, a política do governo não mudou.
"Hoje a União Europeia tem o problema das migrações ilegais e podemos tranquilamente falar de migrações em massa. A Itália faz um esforço grande e também nós temos esse problema. Esperamos um apoio maior, uma maior compreensão por parte da Comissão Europeia e iniciativas mais incisivas da UE", pontuou Duda.
Já sobre a guerra na Ucrânia, Mattarella cobrou a união de todos os que defendem a democracia no mundo. "Depois da brutal agressão da Rússia, há a exigência de apoiar a Ucrânia. E será um apoio até quando for necessário sob todo tipo de perfil com a convicção que atinja a todos os países. Se a Ucrânia fosse abandonada, outras agressões aconteceriam. A Ucrânia tem o direito da solidariedade e nós a garantiremos plenamente - ainda porque estamos chocados com alguns comportamentos russos como aqueles de atingir civis. Tudo isso pede uma grande coesão", afirmou durante a coletiva de imprensa.
Mattarella ainda destacou que a Itália continuará a fornecer ajuda "militar, financeira e humanitária para a reconstrução do país".
Por sua vez, o chefe de Estado polonês - um dos países que mais acolheu refugiados de guerra - ressaltou que "algumas declarações importantes" foram dadas nos últimos dias e "sugerem parar as ajudas à Ucrânia".
"Qualquer um que pede a suspensão das ajudas realmente atua no interesse da Rússia porque a supremacia [militar] da Rússia é óbvia - e poderia começar a supremacia sobre essa parte da Europa. Conhecemos a avidez da Rússia e nós vamos pedir para todo o mundo para ajudar a Ucrânia. A Rússia não pode vencer essa guerra porque atacaria outros países. Com Mattarella, temos uma posição idêntica e somos gratos pela ajuda que vocês dão à Ucrânia", acrescentou.
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