(ANSA) - Os três maiores sindicatos da Itália se reúnem na manhã deste sábado (6) em uma praça na cidade de Bolonha para protestar contra as medidas do governo da premiê Giorgia Meloni no setor trabalhista.
Esta é a primeira manifestação das organizadas pela Confederação-Geral Italiana do Trabalho (CGIL), a Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (CISL) e a União Italiana do Trabalho (UIL).
À frente da mobilização da CGIL está o secretário-geral Maurizio Landini, que apareceu ao lado de uma faixa com a seguinte frase: "Por uma nova temporada de trabalho e direitos".
Outras bandeiras expostas na Piazza Maggiore dizem "Pare a guerra" e "Mais saúde pública e mais respeito ao meio ambiente".
Os discursos no palco estão marcados para serem iniciados a partir das 10h30,l (horário local), mas uma multidão com bandeiras vermelhas, verdes e brancas e azuis já está no local.
A mobilização em Bolonha será seguida de outras duas manifestações em 13 de maio, em Milão, e 20 de maio, em Nápoles.
"Não excluímos nada, greves gerais não estão ameaçadas, mas são realizadas no momento certo", disse Landini.
Segundo o líder da CGIL, "esta é uma praça bonita com uma enorme participação que demonstra precisamente uma coisa: que as pessoas não caem na propaganda, que é preciso mudar e que as políticas governamentais não têm o consentimento do país".
Landini acrescentou ainda que, "com uma praça como esta, não me sinto só, é um consenso que nos diz 'vá em frente'. "Espero que a brecha entre o mundo do trabalho e a política seja sanada, mas a política deve partir das condições materiais do povo", concluiu ele.
A secretária do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, também chegou à praça e foi recebida pelo prefeito Matteo Lepore com um abraço.
Por sua vez, o governo Meloni respondeu o ato por meio do ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani. "Você pode fazer o que quiser em uma democracia, mas não parece uma resposta lógica ao que foi feito. O governo tem feito todo o possível para ajudar os trabalhadores: reduzimos a carga tributária em até 7% e temos trabalhado para mantê-la mesmo com opção estável a partir do ano que vem", afirmou o chanceler.
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