(ANSA) - A Comissão Europeia enviou para análise o seu 11º pacote de sanções econômicas e políticas contra a Rússia por conta da guerra na Ucrânia, confirmou o porta-voz da órgão, Eric Mamer, nesta segunda-feira (8).
"Na sexta-feira [dia 5/5] foi enviado aos Estados-membros a proposta do 11º pacote de sanções", confirmou o representante, dizendo que a primeira discussão sobre o texto será realizada formalmente na próxima quarta-feira (10) na reunião dos Representantes Permanentes (Coreper II).
Não há prazo para os debates, mas Mamer afirmou que não espera que as discussões se arrastem por muito tempo. A aprovação para um pacote avançar precisa ser unânime.
As últimas sanções foram impostas no dia 25 de fevereiro, um dia depois da invasão na Ucrânia ter completado um ano e, além de afetar pessoas e empresas próximas ao Kremlin, focou na chamada triangulação de peças para equipamentos militares e tecnológicos - quando são tomadas medidas para burlar as sanções europeias por países terceiros - e nas peças de dupla finalidade.
Segundo o jornal britânico "Financial Times", o pacote apresentado também prevê sanções para empresas chinesas que estão ajudando a "máquina de guerra russa". Seriam sete empresas ao todo que teriam vendido equipamentos de duplo uso, que poderiam ser usados em armamentos de Mosou.
Algumas dessas companhias já teriam sido afetadas pelas sanções dos Estados Unidos recentemente, como a 3HC Semiconductors e a King-Pai Technology.
Bruxelas vem evitando punir empresas chinesas afirmando publicamente que não há provas de que há fornecimento direto para a Rússia. Mas, recentemente, Kiev ressaltou que as peças que estão sendo encontradas em drones e armamentos russos são cada vez mais mais chinesas.
Von der Leyen
O porta-voz da Comissão também confirmou que a presidente do Executivo europeu, Ursula von der Leyen, viajará nesta terça-feira (9) para Kiev e se reunirá com o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky.
De acordo com o representante, a visita quer "reafirmar o inquebrável apoio da UE com a Ucrânia" e que a ida foi propositalmente pensada para o Dia da Europa, data que celebra a unidade do Velho Continente.
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