(ANSA) - Durante o encontro com o presidente venezuelano Nicolás Maduro nesta segunda-feira (29), o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que defende o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, mas advertiu que o Brasil não aceita ceder no quesito das compras governamentais para empresas locais.
"Lutei muito para fechar o acordo do Mercosul com a UE", disse Lula. No entanto, "há um problema", uma vez que os representantes da UE estão interessados em participar das compras do Estado brasileiro.
Continuando seu argumento, ele lembrou que na semana passada aconteceu "uma reunião na Fiesp [Federação das Indústrias de São Paulo] na qual discutiram que o Brasil não pode entregar as compras governamentais à UE".
"Se entregarmos as compras, o que restará para as pequenas e médias empresas brasileiras?", questionou o mandatário brasileiro. "Se estivermos juntos, teremos força no processo de negociação com a UE. Se formarmos um bloco, poderemos negociar com possibilidade de ganhar", acrescentou.
"Não é possível imaginar que um país da América do Sul possa resolver sozinho seus graves problemas que já duram mais de 500 anos", concluiu.
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