(ANSA) - A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou nesta sexta-feira (23), durante um fórum promovido pela ANSA em Roma, que migrantes e refugiados não podem morrer no Mar Mediterrâneo.
A declaração chega na esteira do naufrágio que deixou pelo menos 82 mortos e centenas de desaparecidos no litoral da Grécia, em 14 de junho, e de uma tragédia semelhante em Cutro, no litoral italiano, com 87 vítimas, em fevereiro passado.
"Vimos as tragédias na costa da Grécia e em Cutro, e elas não serão as últimas. Nenhum homem, mulher ou criança deveria morrer em nossas águas", disse Metsola, que é de Malta, um dos países da linha de frente da crise migratória no Mediterrâneo.
"E as mulheres e crianças são os mais vulneráveis, não podemos esquecer que falamos de vidas humanas", acrescentou.
A presidente do Europarlamento, no entanto, elogiou um acordo entre os ministros do Interior da União Europeia para reformular as regras de refúgio no bloco, envolvendo todos os países na gestão de migrantes e solicitantes de refúgio.
"Finalmente desbloqueamos um pacto que estava parado havia anos, mas não será fácil conclui-lo", admitiu Metsola, ressaltando que o governo italiano teve um "papel fundamental" no acordo.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 1,8 mil pessoas já morreram ou desapareceram tentando concluir a travessia do Mediterrâneo em 2023. (ANSA)
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