(ANSA) - A Frontex, agência da União Europeia para controle de fronteiras, revelou nesta segunda-feira (26) que o governo da Grécia ignorou sua oferta para prestar assistência aérea antes do naufrágio de 13 de junho, que deixou ao menos 82 migrantes mortos e centenas de desaparecidos na costa do país.
Em comunicado, o serviço de imprensa da agência da UE, com sede em Varsóvia, diz que "ofereceu apoio aéreo adicional às autoridades gregas em 13 de junho, mas não obteve resposta".
No dia da tragédia, o centro de coordenação da Itália tinha ordenado ao avião da Frontex que procurasse a embarcação às 8h33 da manhã (hora local). A última vez que o pesqueiro foi avistado foi às 9h47, informou.
"A aeronave observou o navio de pesca durante 10 minutos antes de ser forçada a regressar à base para reabastecer", especificou a Frontex.
Há 10 dias, a agência europeia já havia informado que havia proposto aos gregos o envio de um drone para patrulhar o Mar Egeu. As autoridades gregas, no entanto, pediram para enviar o drone em outro resgate no sul de Creta, onde 80 pessoas estavam em perigo.
Em 13 de junho, um pesqueiro superlotado partiu de Tobruk, no litoral da Líbia, com destino à Itália, principal porta de entrada para migrantes forçados na União Europeia, e naufragou no litoral da Grécia. Até o momento, a tragédia deixou 82 mortos e centenas de desaparecidos.
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