(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (4) que o instrumento adicional apresentado pela União Europeia para concluir o acordo com o Mercosul é "inaceitável".
"O instrumento adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções", afirmou o líder brasileiro, que assume hoje a presidência pro tempore do Mercosul.
"É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente", acrescentou Lula, ressaltando que o bloco não tem "interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matéria primas, minérios e petróleo".
Em seu discurso na cúpula do Mercosul, Lula também reclamou do trecho do acordo com a UE referente a compras governamentais. "É inadmissível abrir mão do poder de compra do Estado - um dos poucos instrumentos de política industrial que nos resta", ressaltou.
Moeda comum
O presidente Lula também defendeu a criação de uma "moeda comum" para trocas comerciais entre países do Mercosul, com o objetivo de "reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência".
"Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais", explicou Lula, que assume a presidência pro tempore do bloco sul-americano nesta terça.
Durante o discurso, o petista também defendeu o aprimoramento dos acordos comerciais com países da região que não integram o Mercosul, como Chile, Colômbia, Equador e Peru. "Retomaremos uma agenda externa ambiciosa para ampliar o acesso a mercados por nossos produtos de exportação", garantiu. (ANSA)
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