(ANSA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) revisou drasticamente para baixo o número de mortos em decorrência das inundações na Líbia e afirmou nesta segunda-feira (18) que pelo menos 3.958 pessoas morreram em todo o país depois de uma contagem anterior ter relatado 11,3 mil vítimas.
A informação foi divulgada pela CNN, citando um relatório revisado e atualizado do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O novo documento, que cita a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma ainda que mais de 9 mil pessoas continuam desaparecidas.
"Usaremos os dados recentemente verificados da OMS", disse Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, à CNN, observando que "em muitas tragédias diferentes acabamos por rever os nossos números".
A Líbia foi palco de As agências das Nações Unidas, inclusive, estão trabalhando contra o tempo para evitar a propagação de doenças na cidade líbia de Derna, uma das mais afetadas pela tragédia, para evitar "uma segunda crise devastadora" na região, informou a ONU.
Em comunicado, a missão de apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) reforçou que equipes de nove agências da entidade estiveram no terreno em Derna e em outras cidades do leste da Líbia para prestar ajuda e apoio às pessoas afetadas pela tempestade Daniel.
"As autoridades locais, as agências humanitárias e a equipe da OMS estão todas preocupadas com o risco de propagação de doenças, incluindo água contaminada e falta de higiene", diz a nota.
Nos últimos dias, as equipes da Unicef forneceu "kits médicos de emergência" aos serviços básicos para apoiar 15 mil pessoas durante três meses.
Já o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) distribuiu "kits de necessidades básicas, incluindo cobertores, lençóis de plástico e equipamentos de cozinha, para 6,2 mil famílias deslocadas em Derna e Benghazi".
A União Europeia, por sua vez, destinará 5,2 milhões de euros para ajuda humanitária à Líbia porque, devido às trágicas inundações, "as necessidades" do país "estão a aumentar dramaticamente".
O Executivo explica que o "financiamento será canalizado através dos parceiros humanitários da União Europeia ativos na Líbia, permitindo-lhes reforçar a assistência para habitação, saúde, alimentação, água, saneamento e proteção".
Do valor total, 200 mil euros são atribuídos ao Fundo de Emergência para Resposta a Catástrofes da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) em apoio à Sociedade do Crescente Vermelho Líbio.
A nova dotação eleva o total da ajuda humanitária da UE atribuída à emergência na Líbia para mais de 5,7 milhões de euros. Por fim, o bloco diz que continua a prestar apoio também através do mecanismo europeu de protecção civil.
Até agora, oito países-membros (Itália, Alemanha, Romênia, Finlândia, Países Baixos, França, Bélgica e Áustria) ofereceram assistência à Líbia.
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