(ANSA) - O comissário europeu de Ampliação e Política de Vizinhança, Oliver Varhelyi, disse nesta quinta-feira (5) através do Twitter que foi a Tunísia "a pedir formalmente" à União Europeia o envio de 60 milhões de euros (R$ 326 mi) em ajuda e diz que o país "é livre para devolver".
O diplomata diz que os recursos não estão ligados ao memorando de entendimento entre o bloco e o país assinado recentemente, mas sim a medidas tomadas desde 2021 para apoiar o orçamento nacional frente à pandemia.
No post, Varhely lembra que o pedido foi apresentado em 31 de agosto passado. A publicação tem a carta enviada ao chefe da delegação da UE na Tunísia, Marcus Cornaro, pelo ministro das Finanças da Tunísia, Samir Saied.
Na segunda-feira (2), o presidente da Tunísia, Kais Saied, rechaçou o que chamou de "caridade" da União Europeia.
Saied disse que os fundos contradisseram o "espírito" do memorando sobre migração que ele assinou com a premiê da Itália, Giorgia Meloni; a presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen; e o premiê holandês, Mark Rutte, em julho.
O entendimento contém cinco pilares: assistência macrofinanceira da UE, fortalecimento dos laços econômicos, cooperação em energia verde, migração e promoção dos contatos entre as pessoas.
A Tunísia atravessa uma severa crise financeira e a situação instável tem sido um fator para o aumento do número de migrantes e refugiados que chegaram à Itália em 2023.
Saied disse, porém, que a Tunísia aceitou a cooperação, mas não caridade.
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