(ANSA) - O poder Executivo da União Europeia retificou uma crítica à Lei Orçamentária da Itália para 2024 e culpou um "erro de tradução" pelo ocorrido.
Na última sexta-feira (19), o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse à emissora italiana Sky TG24, à margem do Fórum Econômico de Davos, que o projeto apresentado pelo governo de Giorgia Meloni "não estava em linha" com as recomendações de Bruxelas.
No entanto, um porta-voz da Comissão Europeia disse mais tarde que se tratava de um "erro de tradução" na resposta de Dombrovskis a uma pergunta dos jornalistas sobre a Lei Orçamentária.
"O tema não foi levantado de maneira proativa pelo vice-presidente", disse o porta-voz.
Segundo a Comissão Europeia, sua posição permanece inalterada, afirmando que a Lei Orçamentária da Itália "não está plenamente em linha com as recomendações" e que Roma precisa estar "pronta a adotar as medidas necessárias" - a diferença seria a palavra "plenamente".
O texto aprovado pelo Parlamento em dezembro prevê 24 bilhões de euros em novos gastos para bancar promessas de campanha de Meloni, sendo que 16 bilhões de euros serão financiados em déficit.
Entre as principais medidas está a desoneração do imposto de renda para pessoas físicas com ganhos entre 15 mil e 28 mil euros por ano, que pagarão uma alíquota de 23%, contra os atuais 25%.
A Lei Orçamentária também prevê uma redução de sete pontos percentuais nos impostos sobre a folha de pagamento de trabalhadores que ganham até 25 mil euros por ano e de seis pontos para aqueles que recebem até 35 mil.
O projeto ainda inclui o reajuste das aposentadorias para compensar a disparada da inflação e benefícios fiscais para mães com pelo menos dois filhos, incluindo creche gratuita para o segundo, iniciativa que é parte dos planos de Meloni para tentar reverter a tendência de queda da natalidade na Itália. (ANSA)
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