(ANSA) - A missão militar da União Europeia contra ataques dos rebeldes iemenitas houthis no Mar Vermelho já repeliu mais de 10 ataques e escoltou quase 70 navios desde fevereiro passado.
"Esta missão demonstra a nossa vontade e capacidade para proteger os interesses da Europa e é um exemplo da capacidade da UE para ser um fornecedor de segurança marítima", afirmou o alto representante para Política Externa da UE, Josep Borrell, nesta segunda-feira (8).
Segundo ele, "em menos de dois meses a missão Aspides repeliu 11 ataques e escoltou 68 navios, em linha com o seu mandato defensivo". "É um nível de compromisso importante, também do ponto de vista do risco".
Os dados fornecidos por Borrell destacam que, desde o início dos ataques dos rebeldes houthi, o custo do transporte de um contêiner da China para a Europa "duplicou" devido à necessidade de contornar o Cabo da Boa Esperança e ao custo dos seguros aumentou em "60%".
Atualmente, 35 navios passam pelo Mar Vermelho por dia, em comparação com 70 no período pré-crise. "O Canal de Suez representa 13% do tráfego comercial global", lembrou Borrell, especificando que a missão Aspides "não é um jogo".
"Nossos navios têm que enfrentar fogo real, têm que abater mísseis ou drones lançados contra os navios que escoltam", concluiu o alto representante da UE.
A operação naval foi aprovada pela UE em fevereiro passado, na esteira dos recorrentes ataques dos houthis contra navios mercantis ocidentais no Mar Vermelho, uma das principais rotas comerciais do mundo, em solidariedade à Faixa de Gaza.
No início de março, o Senado da Itália também aprovou, de forma definitiva, a participação do país na missão militar do bloco.
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