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Holanda pede isenção da política migratória da UE

Holanda pede isenção da política migratória da UE

País alega que 'quer se ocupar de suas questões internas'

BRUXELAS, 18 de setembro de 2024, 14:33

Redação ANSA

ANSACheck
Holanda quer reduzir drasticamente a imigração no país © ANSA/AFP

Holanda quer reduzir drasticamente a imigração no país © ANSA/AFP

A Holanda enviou um pedido de isenção da política comum de asilo e migração ao poder Executivo da União Europeia nesta quarta-feira (18), após a Alemanha suspender o Acordo de Schengen e introduzir controles em suas fronteiras.
    "Devemos nos ocupar da nossa política [interna] de asilo", disse a ministra do Asilo e Migração holandesa, Marjolein Faber, integrante do Partido para a Liberdade, de extrema direita.
    Na carta enviada à comissária do Interior e Migração da UE, Ylva Johansson, a Holanda solicitou reduzir "drasticamente" a imigração no país "para continuar a cumprir seus deveres constitucionais nacionais: fornecer habitação pública, saúde e educação".
    O governo do primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, visa implementar "a política de asilo mais rigorosa de sempre". No entanto, na solicitação, Faber reconheceu a exigência legal segundo a qual "uma isenção só é possível no quadro da reforma dos Tratados da UE", fato que Bruxelas exclui neste momento.
    "Recebemos de modo positivo a afirmação da ministra [Faber] de que, até lá, a Holanda continuará a implementar o pacto da UE para a migração", afirmou a Comissão Europeia.
    Para obter a isenção, é preciso uma alteração dos Tratados Europeus, sujeita à aprovação unânime dos 27 países-membros.
    Atualmente, apenas três Estados-membros têm ao menos um benefício de isenção: a Dinamarca, que se retirou das missões de defesa e da cooperação em segurança e justiça; a Irlanda, que tem isenção dos Acordos de Schengen sobre a livre circulação e em matéria penal e judicial; e a Polônia, que tem uma isenção sobre a aplicação vinculativa da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
   

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