(ANSA) - A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou nesta quarta-feira (3) seu ranking anual de liberdade de imprensa no mundo, e mostrou que a Itália está na 41ª posição - subindo da 58ª colocação no ano passado e voltando para os níveis de 2021. Ao todo, são analisados 180 países.
Segundo o relatório, a "liberdade de imprensa na Itália continua a ser ameaçada pelo crime organizado, particularmente no sul do país, bem como à presença de vários grupos extremistas violentos". "Isso teve um aumento significativo durante a pandemia e continuam a atrapalhar o trabalho dos profissionais da informação, especialmente durante manifestações", diz o texto.
O documento elogia a "ampla" quantidade de mídias, o que "garante uma diversidade de opiniões" para os italianos, mas ressalta que a "polarização da sociedade durante a pandemia de Covid-19 [...] persiste, cristalizando-se ao redor de problemas políticos ou ideológicos ligados a esses eventos".
Outro destaque é para os jornalistas que cobrem o crime organizado e a corrupção que, além de sofrerem ameaças de violência, também sofrem com "campanhas de intimidação online orquestradas".
Já sobre o Brasil, a RSF fez o país subir 18 posições - da 110 para a 92 - apenas pelo fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Os ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a mídia continuaram até o último dia de seu mandato em 2022. A chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua administração restauraram a estabilidade nas relações entre a mídia e o governo. Mas, a violência estrutural contra os jornalistas, a alta concentração dos donos das mídias, e os efeitos da desinformação ainda são os maiores desafios para a liberdade de imprensa", aponta o texto.
A liderança do ranking, pelo sétimo ano consecutivo, foi da Noruega. A segunda posição foi ocupada pela Irlanda - que subiu quatro posições - e a terceira pela Dinamarca. Os últimos três colocados são da Ásia: Vietnã (178º), China (179º) e a Coreia do Norte (180º).
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