(ANSA) - A Itália ilumina na noite desta quarta-feira (22) inúmeros monumentos e prédios institucionais em homenagem aos mártires cristãos perseguidos pelo mundo.
A iniciativa "Semana Vermelha" tingirá o Coliseu e as sedes do governo, do Senado e da Câmara dos Deputados, todos em Roma, além de paróquias e instituições de várias regiões do país.
As embaixadas junto à Santa Sé de Burkina Fasso, Camarões, França, Itália, Macedônia do Norte, Eslovênia, Espanha e Hungria também ganharão a mesma cor, enquanto as sedes diplomáticas dos Estados Unidos, Gana, Brasil e Israel vão expressar apoio à celebração.
"Tem havido inúmeras adesões à iniciativa, que desta forma pretende sensibilizar as instituições, os líderes políticos e a opinião pública sobre violações da liberdade religiosa", relata a Fundação Pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre" (ACS Itália), que todos os anos promove a iluminação em locais de culto e edifícios civis em todo o mundo.
De acordo com a entidade, esta "será uma noite para denunciar os abusos excessivos na aplicação da lei paquistanesa sobre a blasfêmia, as sentenças de morte e a perseguição contra milhares de meninas pertencentes a minorias religiosas, que são raptadas, convertidas à força e forçadas a casar com o seu raptor".
Além disso, a iniciativa terá como objetivo lembrar os inúmeros ataques jihadistas, sobretudo na África, e as dezenas de padres e religiosos raptados, especialmente na Nigéria.
"A cor vermelha evoca, portanto, o excessivo sangue derramado pelos fiéis pertencentes a diversas religiões, a começar pela cristã, e que não podem professar publicamente a sua fé", explicou a ACS Itália.
De acordo com a entidade, "o direito humano fundamental à liberdade religiosa é violado em 61 nações de 196". "No total, quase 4,9 bilhões de pessoas, o que equivale a 62% da população mundial, vivem em nações onde a liberdade religiosa é severamente limitada. Já o número total de cristãos que vivem em terras de perseguição é superior a 307 milhões de fiéis", afirmou a ACS. (ANSA)
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