Uma espécie de museu interativo e imersivo com uma coleção de histórias e testemunhos sobre massacres da máfia foi inaugurado em Corleone, na região da Sicília, no sul da Itália.
O espaço foi criado pela empresa "Plesh" e é inspirado no aplicativo de viagens "NOma - Luoghi e storie NOmafia", feito pela associação "Sulle Nostre Gambe", ou seja, todo material permanente ficará disponível em uma grande sala escura. Com isso, o visitante ficará cercado por três grandes paredes interativas.
A iniciativa está localizada na Casa del Popolo, na via Bernardino Verro, rua batizada com o nome do primeiro prefeito socialista de Corleone assassinado pela máfia em 1915, que fundou neste mesmo edifício a cooperativa "Unione Agricola".
A cerimônia de inauguração contou com a presença de diversos empresários e autoridades, incluindo o prefeito de Corleone, Walter Rà.
"Para manter viva a memória das vítimas, optamos por criar uma experiência imersiva e interativa capaz de transmitir emoções que despertam a 'responsabilidade da memória'", explicou o CEO e fundador da Plesh, Maurizio Murciato.
Para o prefeito da cidade, "durante muito tempo o nome de Corleone esteve associado à máfia, com uma conotação negativa que marcou indelevelmente" sua imagem. Por isso, "um dos nossos deveres, como administradores e como cidadãos, é tentar apagar este estereótipo tão injusto".
A iniciativa da instalação "iArt NOma - Lugares e histórias NOmafia" insere-se no projeto iArt Fivas que envolveu 32 artistas de nove países entre maio e junho. No que diz respeito à arte de rua, foram criados murais nos oito municípios envolvidos no projeto: Bisacquino, Campofiorito, Chiusa Sclafani, Corleone, Mezzojuso, Palazzo Adriano, Prizzi e Roccamena.
As obras retratam elementos da identidade dos lugares, são inspiradas em cenas de filmes importantes - como por exemplo, "Nuovo Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore, "A felicidade chegou", "Acontece uma noite" e "A eterna ilusão", de Frank Capra -, ou retratam atores de renome internacional.
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