A iniciativa será testada durante obras de manutenção na fonte, que será esvaziada e cercada por painéis transparentes enquanto acontece a reforma. Para que os viajantes possam visitar o monumento nesse período, será instalada uma passarela em formato de ferradura, onde os acessos serão controlados para evitar superlotação.
"Essa obra é a ocasião de anunciar o que decidimos: a passarela nos permitirá experimentar a modalidade de visitação contingenciada, até por evidentes motivos de segurança. Nossa vontade é estabelecer, com uma fase experimental, o número máximo de pessoas [que o monumento pode receber]", contou o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, de centro-esquerda.
"Vamos contar as pessoas que entram [na passarela], e depois será preciso esperar que elas saiam para que outros possam admirar a fonte", acrescentou. Segundo Gualtieri, uma fase sucessiva decidirá sobre a instituição de uma "pequena contribuição" financeira por parte dos turistas.
No entanto, o prefeito assegurou que a praça onde fica o monumento não será fechada e que os visitantes poderão circular livremente pelo local.
A reforma de 327 mil euros (R$ 2 milhões) está prevista para terminar antes do início do Jubileu de 2025, que começa ainda na véspera de Natal de 2024, e Gualtieri estima que a cobrança de ingressos pode partir já na primeira metade do ano que vem.
De acordo com a Prefeitura de Roma, a Fontana di Trevi recebe de 10 mil a 12 mil visitantes por dia, o que significa cerca de 4 milhões por ano. "Queremos oferecer ao turista uma experiência que não seja caótica e difundir um turismo mais lento e responsável", disse o secretário municipal de Turismo, Alessandro Onorato.
No mês passado, chegou-se a cogitar que eventuais futuros bilhetes poderiam custar um euro (R$ 6).
Outras cidades italianas também vêm adotando medidas para frear os efeitos nocivos do turismo de massa nos últimos anos.
No primeiro semestre, Veneza testou um sistema de reservas a pagamento para entrar no seu centro histórico, medida que pode se tornar definitiva em 2025, enquanto Florença proibiu novos Airbnbs em seu centro histórico.
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