O papa Francisco concedeu neste domingo (23), pela primeira vez, o ministério do catequista e do leitorado, em cerimônia que contou com a presença de dois brasileiros. A celebração contou com um rito especial, mas teve restrições na quantidade de público por conta da Covid-19.
Além dos dois brasileiros, que representaram o continente americano, participaram dois laicos peruanos que vivem na região amazônica, para representar os povos locais, uma mulher de Gana, e dois representantes europeus - um da Polônia e outro da Espanha. Duas pessoas de Uganda e da República Democrática do Congo não conseguiram comparecer à cerimônia por problemas relacionados às restrições da Covid.
Em entrevista ao portal católico "Vatican News", Regina de Sousa Silva e Wanderson Saavedra Correia, ambos da diocese de Luziânia, em Goiás, falaram da cerimônia. Os dois são catequistas há 11 anos.
"Nós nos sentimos muito gratos, lisonjeados em estar aqui representando, não somente por nosso mérito, cada sentimento, cada catequista, cada esforço de quem está lá no Brasil, as lutas e conquistas de cada um. Então, para nós, é uma graça extraordinária, não tem tamanho estar aqui, poder mostrar um pouco do nosso trabalho", disse Correia ao portal católico.
Para participar do evento, eles precisaram ficar 10 dias em isolamento em Roma para cumprir as regras italianas da pandemia, já que brasileiros a turismo ainda não são permitidos no país - mesmo vacinados.
O ministério do catequista foi criado por "motu proprio" pelo papa Francisco em 11 de maio do ano passado para dar uma "função oficial" aos laicos que dedicam sua vida à ensinar a catequese.
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