O papa Francisco fez um novo apelo neste domingo (5) por negociações de paz "concretas" para um cessar-fogo na Ucrânia, denunciando o risco de uma "escalada cada vez mais perigosa para todos" nesta guerra iniciada pela Rússia.
"Enquanto a fúria da destruição e da morte perversa e os confrontos se inflamam, alimentando uma escalada cada vez mais perigosa para todos, renovo o apelo aos líderes das nações: não levem a humanidade à ruína, por favor", declarou o Pontífice, após a recitação do Regina Coeli.
Francisco pediu que negociações reais sejam postas em prática, um diálogo concreto para um cessar-fogo e uma solução sustentável. A declaração foi aplaudida pelos fiéis presentes na praça São Pedro, no Vaticano.
"Que se implementem verdadeiras negociações, iniciativas concretas para um cessar-fogo e para uma solução sustentável. Que se ouça o grito desesperado das pessoas que sofrem, vemos na mídia, todos os dias; que se respeite a vida humana, que acabe a macabra destruição de vidas, cidades e aldeias, por todo o lado", apelou.
Jorge Bergoglio insistiu para todos continuarem "a rezar, a trabalhar pela paz sem se cansar".
O pedido é feito após o argentino destacar, na cerimônia de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, o momento em que o "sonho de Deus para a humanidade se torna realidade" e "povos que falam línguas diferentes se encontram e se entendem".
"Cem dias após o início da agressão armada contra a Ucrânia, a humanidade voltou a cair no pesadelo da guerra, que é a negação do sonho de Deus", lamentou ele, ressaltando que há "povos se chocando, povos se matando, povos que, em vez de se aproximar, são expulsos de suas casas".
Por outro lado, o líder católico celebrou o anúncio da renovação da trégua no Iémen, por dois meses, desejando que se abra caminho para o fim para este "sangrento conflito", que "gerou uma das piores crises humanas da atualidade".
Por fim, o Papa expressou solidariedade com os pescadores e todas as categorias de trabalhadores que sofrem as consequências do conflito na Ucrânia, principalmente pelo aumento dos preços dos combustíveis. (ANSA)
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