(ANSA) - A Praça São Pedro, no Vaticano, se prepara para o funeral do papa emérito Joseph Ratzinger, que faleceu no último dia 31 de dezembro, aos 95 anos, e foi o primeiro Pontífice a renunciar em seis séculos.
Os preparativos para a cerimônia da próxima quinta-feira (5) começaram nas primeiras horas de hoje (2) e continuarão nos próximos dias em nome da sobriedade, como foi expressamente solicitado pelo próprio Bento XVI antes de sua morte.
O altar do qual o papa Francisco celebrará o rito de despedida foi instalado no centro da igreja, enquanto as cadeiras que receberão os fiéis e representantes institucionais foram dispostas na praça.
No momento, as delegações que formalizaram sua presença são da Itália, liderada pelo presidente Sergio Mattarella, e da Alemanha, país natal do religioso.
A Sala de Imprensa da Santa Sé não confirmou a presença de outros chefes de Estado ou de governo, mas "se alguém vier será a título pessoal", disse o diretor Matteo Bruni.
De acordo com apuração, muito provavelmente estarão presentes o rei da Bélgica e o presidente da Polônia, Andrzej Duda, além de outros representantes religiosos como uma delegação do Patriarcado ortodoxo de Constantinopla (atual Istambul, na Turquia).
No entanto, o que é certo, no momento, é a numerosa presença de fiéis, que hoje "invadiram" a Basílica de São Pedro para homenagear o papa emérito. Dezenas de milhares de pessoas lotaram a praça em longas filas, enquanto os trabalhadores instalavam as novas telas gigantes que se somam às tradicionais exibições nas quais é transmitido o Angelus dominical.
A cerimônia fúnebre acontecerá no altar situado no adro da igreja, e Jorge Bergoglio celebrará uma missa, na primeira vez na História milenar da Igreja Católica que um Papa em exercício liderará o funeral de um Pontífice emérito.
Até o momento, não está excluída a possibilidade de a cerimônia ser celebrada de forma "mista", como já acontece há algum tempo.
Ao lado do argentino, que deve permanecer sentado em sua cadeira de rodas, poderia estar o decano do colégio cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re, ou o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin.
Ainda também não há confirmação sobre a liturgia do rito e, portanto, permanece o ponto de interrogação sobre como será a cerimônia. O próprio Bento XVI pediu que o funeral fosse realizado "no sinal da simplicidade", de maneira "solene, mas sóbria".
Bergoglio decidirá agora o protocolo, com o objetivo de homenagear seu antecessor com todas as honras dedicadas a um Papa reinante. O rito fúnebre terá início às 9h30 (horário local), ao final dos três dias de exposição do corpo no interior da Basílica de São Pedro.
Terminada a cerimônia, o Papa emérito será sepultado nas criptas vaticanas, nas grutas onde antes dele repousaram São João XXIII e João Paulo II, cujos restos mortais foram transferidos para o interior da Basílica de São Pedro após suas respectivas canonizações.
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