(ANSA) - O papa Francisco fez um apelo neste domingo (2) para que as orações pelo fim da guerra russa na Ucrânia sejam intensificadas durante a Semana Santa na Igreja Católica.
Na presença de mais de 60 mil fiéis na praça São Pedro, o Pontífice dirigiu "uma bênção especial à Caravana da Paz, que nos últimos dias partiu da Itália rumo à Ucrânia", em uma iniciativa promovida por diversas associações, como Papa João XXIII, FOCSIV, Pro Civitate Christiana, Pax Christi, entre outras.
"Juntamente com as necessidades básicas, levam a proximidade do povo italiano ao povo ucraniano martirizado e hoje oferecem ramos de oliveira, símbolo da paz de Cristo. Vamos nos unir a este gesto com a oração, que será mais intensa nos dias da Semana Santa", declarou o argentino.
No fim da celebração, Jorge Bergoglio fez um longo percurso no papamóvel pela Praça São Pedro para saudar os fiéis. Ele sorriu, abençoou a todos e fez um sinal de positivo para um grupo com a bandeira ucraniana.
Guerra -
Hoje, o secretário do Conselho de Segurança Nacional de Kiev, Oleksiy Danilov, citado pela Rbc-Ucrânia, informou que o governo ucraniano tem um plano para libertar a Crimeia ocupada pela Rússia que envolve duas etapas em particular: remover a ponte Kerch (símbolo da anexação, que desabou parcialmente em outubro devido à explosão de um caminhão-bomba) e limitar os direitos dos pró-russos e colaboradores.
Segundo ele, há 12 passos importantes no plano ucraniano de retomada da Crimeia, incluindo um novo nome para Sevastopol, a chamada "cidade da glória russa", sobre a qual o Parlamento de Kiev decidirá: talvez seja chamado Akhtiar", sugeriu Danilov, que postou o rascunho do projeto no Facebook.
De acordo com o ucraniano, haverá um mecanismo para avaliar o grau de envolvimento dos cidadãos da Ucrânia e residentes da Crimeia no apoio às atividades das administrações de ocupação, que inclui a restrição dos direitos civis, incluindo a participação nas eleições.
O terceiro ponto do documento diz respeito a funcionários públicos, juízes, promotores, agentes da lei e outras categorias de pessoas que estavam na folha de pagamento das autoridades ucranianas na Crimeia, mas trabalharam para as estruturas de ocupação russas após fevereiro de 2014. Se forem considerados responsáveis, todos serão privados do salário ou deixarão de poder trabalhar para a Ucrânia.
O plano também estipula que os cidadãos da Federação Russa que residem ilegalmente na Crimeia desde a data de anexação devem deixar imediatamente a península dentro do prazo especificado por Kiev. Portanto, as transações imobiliárias também serão consideradas nulas. De acordo com o ponto 11, após a libertação da Crimeia, haverá libertação imediata de todos os cidadãos da Ucrânia e perseguidos pela Federação Russa por motivos políticos desde 2014, com indenização por danos morais.
Mais cedo, o exército russo foi forçado a se retirar de algumas posições na direção de Donetsk, onde as tropas ucranianas estão estabelecendo posições defensivas.
O anúncio foi feito pelo chefe do centro de imprensa das forças militares de Kiev, Aleksey Dmitrashkovsky. "O inimigo se retirou de algumas posições na direção de Donetsk", disse ele, acrescentando que a Rússia "está sofrendo perdas significativas".
Ao mesmo tempo, a inteligência ucraniana aponta para um acúmulo de equipamento militar russo na área de Verkhnetoretsky, o que "significa que eles pretendem lançar operações militares mais poderosas nessa direção".
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