(ANSA) - O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, disse à ANSA nesta quarta-feira (19) que a investigação da Santa Sé sobre o caso de Emanuela Orlandi, uma jovem de 15 anos que desapareceu em 1983, continuará apesar das alegações infundadas feitas por seu irmão contra o São João Paulo II.
Em entrevista à emissora de TV La7 na semana passada, Pietro Orlandi falou sobre supostas saídas noturnas do falecido Papa polonês com clérigos em busca de garotas.
No último domingo, inclusive, o papa Francisco criticou a "insinuação ofensiva e infundada" e, na sequência, o jornal vaticano "L'Osservatore Romano" atacou as "acusações anônimas vergonhosas" logo após Pietro se reunir com o promotor do Vaticano Alessandro Diddi para falar sobre o caso de sua irmã.
Parolin disse à ANSA que está "muito surpreso" com a falta de "cooperação", mas reforçou que os comentários do irmão de Emanuela não interromperiam a investigação. "Nossa intenção é realmente esclarecer as coisas", disse ele.
"Vi que também houve críticas à iniciativa do Papa (de apoiar a abertura de uma nova investigação). Mas a ideia da Santa Sé é esclarecer as coisas, ver o que foi feito no passado, tanto do lado italiano quanto do lado vaticano, e ver se algo mais pode ser feito", acrescentou o secretário de Estado, acrescentando que isso "é devido à mãe (de Emanuela), que ainda está viva e sofre muito.
Segundo Parolin, tudo tem sido feito "com as melhores intenções".
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