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Papa cria fundo para ajudar vítimas de abusos em países pobres

Papa cria fundo para ajudar vítimas de abusos em países pobres

Decisão veio após reunião de órgão de proteção de menores

CIDADE DO VATICANO, 09 maio 2023, 12:36

Redação ANSA

ANSACheck

Papa Francisco pediu mais ação contra os abusos em países pobres - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O papa Francisco determinou e a Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores, ao fim de sua reunião, confirmou a criação de um fundo para ajudar as vítimas de abusos sexuais de religiosos - ou de laicos ligados à Igreja Católica - em países pobres.

Segundo o portal católico Vatican News, "em linha com as indicações do Papa, que deu o trabalho para a Comissão para atenuar as desigualdades nos países mais pobres, onde as vítimas 'sofrem em silêncio' porque não tem recursos para denunciar e obter assistência, foi instituído um fundo constituído por contribuições das Conferências Episcopais".

Ainda conforme o documento, o objetivo é "fornecer programas de desenvolvimento das capacidades com o fim de garantir um maior acesso à formação e à assistência para as vítimas, as suas famílias e as comunidades nas partes mais pobres do mundo".

O Vatican News ressalta que o programa-piloto do projeto foi fechado com a Igreja Católica de Ruanda e que ele se chamará Memorare.

Além da criação do fundo, a reunião da Pontifícia Comissão - órgão criado por Francisco em 2013 e que começou a atuar no ano seguinte - confirmou diversos acordos sobre o tema e mudou algumas orientações de como agir em casos de denúncias.

"O Santo Padre nos pediu muito e todos nós nos comprometemos a realizar isso. É uma mudança importante em uma direção mais focada no impacto para a Comissão. Esse ritmo acelerado nos últimos seis meses causou dores crescentes porque buscamos responder exigências de curto e longo prazo", disse o cardeal e presidente da Comissão, Seán Patrick O'Malley, ao portal.

Para o religioso, a reunião ainda "conseguiu os recursos necessários para respostas adequadas" e "estamos confiantes no plano e nas pessoas que trabalham conosco". (ANSA)

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