(ANSA) - O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, afirmou nesta quarta-feira (10) que a missão de paz da Santa Sé para o fim da guerra na Ucrânia está avançando e que "há novidades, mas naturalmente, isso ainda é confidencial".
A afirmação do número dois do Vaticano foi dada durante um evento cultural na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, e vem após os governos da Rússia e da Ucrânia terem dito que "não sabiam" de nenhuma ação para a paz do papa Francisco.
Questionado sobre essas afirmações, Parolin ressaltou que houve um "equívoco".
"Eles não desmentiram. Eles disseram que não sabiam de nada, mas depois foram feitos contatos em que foram feitos esclarecimentos para ambas as partes. Isso não passou de um desentendimento, um equívoco", acrescentou ainda.
No dia 30 de abril, enquanto voltava de sua viagem apostólica a Budapeste, na Hungria, o papa Francisco revelou aos jornalistas que a Santa Sé estava com uma "missão de paz", que ainda não era pública, para tentar finalizar o conflito que se arrasta desde 24 de fevereiro de 2022.
Nos dias seguintes, porém, Kiev e Moscou se manifestaram dizendo que não sabiam do que o líder católico estava falando, causando surpresa em Parolin, que disse ter sido "surpreendido" pelas falas dos dois governos.
Além de falar da missão de paz, o pontífice revelou que o Vaticano atuou para ajudar na troca de prisioneiros de guerra e que também vai fazer ações no caso das crianças ucranianas levadas ilegalmente para o território russo.
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