(ANSA) - O padre José "Pepe" Di Paola, coordenador da Federación Familia Grande Hogar de Cristo, da Argentina, marcou para a próxima terça-feira (5) uma missa "de reparação pelos ultrajes" lançados por Javier Milei, o presidenciável ultraliberal vencedor das primárias, contra o papa Francisco.
"Vemos com preocupação a crescente agressão verbal de Milei contra o Papa, com uma retórica inapropriada para um candidato à presidência", disse Di Paola à ANSA.
"Acreditamos que a figura do papa Francisco deve ser justiçada. Não é uma pessoa qualquer, é o sucessor de Pedro para o rebanho católico. Em um país onde há tantos católicos, é indigno lançar insultos desse tipo ao pontífice", acrescentou o sacerdote.
A missa será celebrada por todos os sacerdotes das villas (espécie de favela) da capital Buenos Aires e da periferia, na Villa 21-24 do bairro Barracas, no extremo sul da cidade.
O dia 5 de setembro, segundo o padre, foi escolhido porque nessa data é celebrado o dia de Madre Teresa de Calcutá: "É uma figura chave para o amor ao próximo".
Ao longo da campanha, Javier Milei vinha dando declarações contra o papa Francisco, chamando-o de "comunista".
Após a vitória nas primárias, moderou o discurso, dizendo que é "o líder espiritual da grande maioria dos argentinos", que o receberia como um chefe de Estado caso fosse à Argentina, e que o respeita.
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