(ANSA) - Em um livro que deverá ser publicado nesta quarta-feira (3), o papa Francisco responde às críticas sobre a gestão dos funerais do papa emérito Bento XVI e afirmou que quem lidou com as questões foi o secretário de Joseph Ratzinger, monsenhor Georg Ganswein, com quem tem uma relação conturbada.
Na obra com título original em espanhol "El Sucesor - Mis recuerdos de Benedicto XVI" ("O Sucessor - Minhas memórias de Bento XVI"), Francisco também diz, sem citar Ganswein: “Me causaram grande dor”.
“Que no dia do funeral tenha sido publicado um livro que me virou de cabeça para baixo, contando coisas que não são verdadeiras, é muito triste. Naturalmente, não me afeta, no sentido de que não me condiciona. Mas me doeu que Bento tenha sido usado. O livro foi publicado no dia do funeral, e eu o vivi como uma falta de nobreza e humanidade", afirmou.
O ex-auxiliar lançou a obra "Nient'altro che la verità - La mia vita al fianco di Benedetto XVI" ("Nada além da verdade - Minha vida ao lado de Bento XVI”, em português) em janeiro de 2023, com revelações sobre a relação entre os dois papas e acusações contra o atual pontífice.
Nomeado papa em 2005 para suceder o popular João Paulo II, Bento XVI governou a Igreja Católica até o início de 2013, quando se tornou o primeiro pontífice a renunciar em cerca de 600 anos.
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