O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (3) que o Consistório de Cardeais para votar algumas causas de canonização, incluindo a do beato Carlo Acutis, conhecido como "padroeiro da internet" na Itália e protetor da tecnologia por seu trabalho de evangelização online, será realizado no próximo dia 1º de julho.
A data consta no calendário oficial das celebrações litúrgicas pontifícias presididas pelo papa Francisco de junho a setembro, divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Entre as discussões estão também as canonizações de outros três beatos: Giuseppe Allamano, sacerdote fundador do Instituto das Missões da Consolata; a freira canadense Marie-Léonie Paradis; e a freira italiana Elena Guerra, além dos mártires da Síria Emanuele Ruiz e sete companheiros da Ordem dos Frades Menores, e Francesco, Abdel Mooti e Raffaele Massabki.
O calendário prevê que no dia 1º de julho, às 9h, na Sala do Consistório, o Papa presidirá o Consistório público ordinário para a votação de algumas causas de canonização.
Além disso, destaca que no dia 29 de junho, solenidade dos santos Pedro e Paulo, o Papa presidirá a missa às 9h30 na Basílica de São Pedro com a bênção para os novos arcebispos metropolitanos.
Já em 7 de julho está marcada uma visita pastoral do Pontífice a Trieste, enquanto que sua viagem apostólica à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura está prevista entre 2 e 13 de setembro. Por fim, de 26 a 29 de setembro, o argentino passará por Luxemburgo e Bélgica.
'Padroeiro da Internet'
No mês passado, Jorge Bergoglio aprovou um decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão do adolescente italiano, abrindo assim caminho à sua canonização.
A autorização para a convocação do consistório foi aprovada durante audiência do Pontífice com o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.
Nascido na Inglaterra, Acutis cresceu em Milão, na Itália, e suas habilidades com a tecnologia eram consideradas excepcionais. Ele dedicou seu dom à Igreja, criando um site para catalogar milagres.
O beato morreu aos 15 anos de idade, vítima de leucemia, em Monza, e foi sepultado, no cemitério de Assis.
Em 2020, foi beatificado e hoje é considerado o "padroeiro da internet". Em 2013, começou a tramitar no Vaticano a causa por sua beatificação e ele foi intitulado "Servo de Deus", primeira etapa de reconhecimento.
Em 2018, foi considerado Venerável pelo Papa; e em 2020 foi beatificado pela cura de um menino de Campo Grande (MS), que havia sido diagnosticado com uma rara doença congênita, quando tinha 2 anos.
Segundo a família do brasileiro, ele foi curado após tocar em uma peça de roupa que teria o sangue de Acutis, na paróquia São Sebastião — a peça de roupa havia sido levada pelo padre da paróquia.
Recentemente, a história de Acutis viralizou nas redes sociais, principalmente depois de a atriz e criadora de conteúdo Camilla Lecciolli viajar para a Itália e gravar imagens sobre o beato, cuja publicação reuniu mais de 6,3 milhões de visualizações.
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