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Papa faz apelo por perdão ou redução de dívida de países pobres

Papa faz apelo por perdão ou redução de dívida de países pobres

Vaticano promove seminário sobre dívida do Sul Global

VATICANO, 05 de junho de 2024, 14:08

Redação ANSA

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Papa Francisco lançou apelo - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O papa Francisco fez um apelo nesta quarta-feira (5), ao receber, antes da audiência geral, os participantes do seminário "Enfrentando a crise da dívida no Sul Global", promovido pela Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.
    O pontífice falou em "uma nova arquitetura financeira internacional ousada e criativa" que, na perspectiva do Jubileu de 2025, levará a uma moratória sobre a dívida externa dos países mais pobres.
    Para Jorge Bergoglio, não é boa "qualquer forma de financiamento", mas somente aquelas que implicam "um compartilhamento de responsabilidade" entre aqueles que recebem e aqueles que concedem ajuda.
    "O benefício que eles podem trazer depende das condições dos empréstimos, de como eles são usados e do contexto em que são resolvidas quaisquer crises econômicas e financeiras que possam ocorrer", explicou.
    Francisco insistiu: "depois de uma globalização mal administrada, pandemias e guerras, estamos agora diante de uma crise de dívida que afeta principalmente os países do Sul Global, gerando miséria e angústia, privando milhões de pessoas da possibilidade de um futuro digno".
    "Como nenhum governo pode aceitar moralmente que seu próprio povo sofra privações incompatíveis com a dignidade humana", o Papa considera necessária "a criação de um mecanismo multinacional, baseado na solidariedade e na harmonia entre os povos, que leve em conta o significado global do problema e suas implicações econômicas, financeiras e sociais" para romper o círculo vicioso de financiamento que se torna dívida.
    Francisco lembrou que o perdão da dívida no ano do Jubileu era uma tradição do povo judeu, e pediu que o Jubileu de 2025 abra mentes e corações "para desatar os nós desses laços que sufocam o presente, sem esquecer que somos apenas guardiões e administradores".
    Em resumo, o papa Francisco fez um novo convite para sonhar e agir juntos na construção responsável da casa comum, sabendo que "ninguém pode habitá-la com a consciência tranquila quando sabe" que está cercado por multidões de irmãos e irmãs famintos, imersos na exclusão social e na vulnerabilidade: Permitir que isso aconteça é um pecado humano, e mesmo que não se tenha fé, é um pecado social".
   

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