(ANSA) - Sofrendo com uma população de duas mil gaivotas reais violentas que vêm "roubando" turistas, a cidade de Veneza, na Itália, disponibilizou um guia com medidas comportamentais a serem adotadas para conviver a espécie.
As orientações pretendem ser úteis principalmente para os turistas, que não estão acostumados com os ataques das gaivotas que mergulham sem medo nas mesas em busca de comida.
O texto foi elaborado pela Prefeitura, pela Veritas (empresa responsável pelo gerenciamento de resíduos na região de Veneza) e pelo Corila (consórcio para a coordenação de pesquisas relacionadas ao sistema lagunar de Veneza).
"É necessária uma gestão ecossistêmica integrada", explicou Pierpaolo Campostrini, diretor-geral do Corila, destacando que o homem e a natureza "são um só", e que são necessárias medidas integradas, em vez de intervenções isoladas.
"Em primeiro lugar, é preciso tornar os ambientes de nidificação menos atrativos, colocando, por exemplo, fios ou, como no cemitério de San Michele, sistemas acústicos de perturbação. Portanto, é necessário um controle ativo por parte da população. É fundamental também reduzir a disponibilidade de comida nas ruas; as gaivotas não são más, mas se abastecem com o que encontram", explicou a ornitóloga Francesca Coccon, da Corila.
Em relação à presença de alimentos, a Veritas informou que a situação melhorou nos últimos anos, após a proibição de deixar os sacos de lixo fora de casa pela manhã. Esses sacos costumavam ser presas fáceis para as gaivotas.
Agora que essa fonte de alimentação diminuiu, as aves se voltam para sanduíches e pizzas que os turistas costumam consumir durante seus passeios.
No entanto, para resolver o problema, também são necessárias estratégias de comunicação eficazes que se dirijam aos turistas.
Recentemente, a Veritas, juntamente com a Prefeitura de Veneza, colocou folhetos informativos bilíngues nos cestos de lixo nos locais mais movimentados da cidade para informar as pessoas sobre as condutas a serem adotadas em relação às gaivotas.
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