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Laços com Itália impulsionam desenvolvimento da Serra Gaúcha

Laços com Itália impulsionam desenvolvimento da Serra Gaúcha

Impacto do 'made in Italy' vai da metalurgia aos alimentos

SÃO PAULO, 07 dezembro 2023, 13:33

Redação ANSA

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Vista aérea de Caxias do Sul (foto: divulgação/Marta Guerra Sfreddo) © ANSA/Divulgação/Marta Guerra Sfreddo

Em 2024, o Brasil celebrará os 150 anos da imigração italiana, fenômeno que ajudou a moldar a cultura, a economia e a sociedade em diversas áreas do país, especialmente a Serra Gaúcha, onde os fortes laços com o "made in Italy" contribuíram para criar uma indústria pujante.

E ainda hoje a tecnologia e o modo de fazer italianos são parte fundamental dos processos produtivos na região, da metalurgia ao setor moveleiro, passando pelos alimentos e pela gastronomia.

Uma das empresas que ostentam esse legado é a Tramontina, gigante centenária que fabrica desde utilidades domésticas, como talheres e panelas, até móveis e materiais elétricos. Sua história está intimamente ligada a imigrantes italianos que levaram ao interior do Rio Grande do Sul a arte da cutelaria, um dos carros-chefes da marca.

"A Tramontina sempre primou pelo alto grau de desenvolvimento, capaz de propiciar produção em elevada escala, com qualidade uniforme e buscando a plena segurança dos funcionários. E a Itália sempre foi uma fonte muito destacada de fornecimento de máquinas e tecnologias alinhadas com esse propósito", diz à ANSA o diretor da companhia, Lourival Dalmás.

Além disso, o parque fabril do grupo em Farroupilha foi composto sobretudo com equipamentos "made in Italy", graças à atuação do engenheiro italiano Mario Bianchi, que desembarcou no Brasil aos 25 anos e chegou na empresa em 1968. "A Tramontina continua investindo diuturnamente em novas máquinas e equipamentos, e isto implica estar sempre próximo das tecnologias desenvolvidas na Itália", acrescenta Dalmás.

Algo parecido acontece na Florense, referência nacional e internacional em design de móveis. Fundada em 1953, em Flores da Cunha, nos arredores de Caxias do Sul, a empresa surgiu como uma pequena marcenaria que prezava pelo "fatto a mano" ("feito à mão"), característica marcante do "made in Italy", e esse aspecto artesanal se mantém até hoje.

"A Florense preserva um elo muito forte com a Itália, onde temos fornecedores de produtos 'fatto a mano' que trazemos para o Brasil para valorizar a binacionalidade", conta Mateus Corradi, CEO da marca, que realiza uma série de ações para preservar a italianidade presente em suas raízes.

Isso inclui cursos de italiano para funcionários, intercâmbios, colaborações (inclusive com o renomado estúdio de design Pininfarina) e o apoio a iniciativas culturais promovidas pelo Consulado Geral do país europeu em Porto Alegre.

"Como temos essa hereditariedade italiana no sangue, a comunicação com a Itália sempre fluiu muito bem. Até hoje importamos muitos produtos italianos, como lâminas de madeira natural, componentes e robôs para pintura, equipamentos industriais. Mais de 50% das máquinas do nosso parque fabril são da Itália", diz Corradi, que é bisneto de italianos.

Já a empresa de alimentos RAR, fundada por Raul Anselmo Randon, neto de imigrantes da Itália, acredita que a incorporação de tecnologia e conhecimento do país europeu "contribui significativamente para a qualidade dos produtos".

"Todos os equipamentos necessários para a produção do Gran Formaggio, primeiro queijo tipo Grana produzido fora da Itália, são italianos", exemplifica Sergio Martins Barbosa, presidente da RAR, que também importa vinhos, queijos e vinagres da Itália para o mercado brasileiro.

"A rica herança italiana oferece a oportunidade de absorver técnicas tradicionais e métodos refinados, elevando a qualidade dos nossos produtos", ressalta.

Mas a contribuição da Itália ao desenvolvimento da Serra Gaúcha não se restringe à indústria. Em Flores da Cunha, a Escola de Gastronomia da Universidade de Caxias do Sul (UCS) oferece cursos em todos os níveis em parceria com o Instituto Italiano de Culinária para Estrangeiros (Icif), no Piemonte.

A escola é dirigida pelo italiano Mauro Cingolani, que veio ao Brasil há cerca de 20 anos para ministrar cursos temporários de gastronomia e acabou fincando raízes na Serra Gaúcha.

"Pelo que ouço dos nossos parceiros, amigos e ex-alunos, a escola foi um divisor de águas, tudo mudou, principalmente os ingredientes, porque a gente estimulou os produtores locais a fazer ingredientes que não existiam aqui ou que não tinham demanda, como o cogumelo", afirma Cingolani.

A Escola de Gastronomia ainda tem parcerias com associações italianas de degustadores de vinhos e de promoção do azeite de oliva e criou o grupo Dolce Italia, que inclui restaurantes, refeitório universitário, cafeteria e serviços para eventos, sempre com inspiração no "Belpaese".

"A Itália desempenhou influência fundamental no desenvolvimento de Caxias do Sul e região, impulsionando setores como a indústria moveleira, metalurgia, plástico e alimentos. Além de fornecer tecnologia de ponta e maquinário, a herança italiana enraizada nessas empresas fortaleceu a qualidade e inovação em seus produtos.", diz Celestino Oscar Loro, presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias).

"A presença italiana transcende o âmbito econômico, permeando a educação, a cultura e a culinária, deixando uma marca duradoura no desenvolvimento de Caxias do Sul e contribuindo para a construção de uma identidade única na Serra Gaúcha", conclui.
   

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