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Florença aprova nova regra para vetar Airbnb em centro histórico

Florença aprova nova regra para vetar Airbnb em centro histórico

Medida tem como objetivo promover turismo sustentável

FLORENÇA, 30 de julho de 2024, 11:14

Redação ANSA

ANSACheck
Vista aérea do centro histórico de Florença, na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Vista aérea do centro histórico de Florença, na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A Câmara Municipal de Florença aprovou nesta terça-feira (30) um novo texto para proibir a destinação de imóveis em seu centro histórico, área tombada pela Unesco como patrimônio da humanidade, para serviços de aluguéis breves, como o Airbnb.
    O veto havia sido introduzido em outubro de 2023, mas foi revogado no início de julho pelo Tribunal Administrativo Regional (TAR) da Toscana, com o argumento de que a norma era uma emenda ao antigo regulamento urbanístico de Florença e deixou de valer ao não ser mencionada no plano de zoneamento sucessivo.
    Com isso, a Câmara Municipal teve de votar a medida novamente para inseri-la no plano urbanístico. "Este é o início de um percurso para fazer com que a beleza de nossa cidade seja apreciada por um turismo sustentável, mas sobretudo por nossos cidadãos", disse a prefeita de centro-esquerda Sara Funaro, que assumiu o cargo em junho.
    A oposição conservadora, no entanto, afirma que a proibição é um "ataque às liberdades privadas", argumento rebatido por Funaro. "Precisamos ter a liberdade de aprovar ações que tutelem nossa cidade e nossos cidadãos", acrescentou a prefeita, destacando que o turismo de massa se tornou "emergencial" na capital toscana, um dos destinos mais visitados da Itália.
    A proibição é a mais rigorosa no país contra serviços como o Airbnb e vale apenas para imóveis que hoje não são destinados a aluguéis breves - aqueles já cadastrados não serão afetados.
    A popularização de plataformas do gênero é apontada como responsável direta pelo esvaziamento populacional dos centros históricos de grandes cidades do mundo. O aumento de disponibilidade de imóveis para turistas gera escassez na oferta para contratos de longa duração, elevando os valores dos aluguéis e forçando os moradores a buscar regiões mais distantes. (ANSA)

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