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Pacto europeu sobre migração depende de países terceiros, diz UE

Pacto europeu sobre migração depende de países terceiros, diz UE

Ursula von der Leyen destacou necessidade de parcerias globais

BRUXELAS, 26 de junho de 2024, 12:02

Redação ANSA

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Migrantes chegam a La Restinga, na Espanha - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Migrantes chegam a La Restinga, na Espanha - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A presidente do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira (26) que parcerias com países fora do bloco são fundamentais para o pacto europeu sobre migração e asilo.
    "A dimensão externa é um fator chave para o sucesso do pacto, porque só com parcerias que funcionem bem conseguiremos obter uma cooperação voltada a prevenir as partidas e a combater o tráfico de migrantes, além de garantir repatriações fáceis para pessoas sem direito de residência", avaliou.
    As declarações foram dadas em uma carta enviada aos líderes dos Estados-membros em vista da reunião do Conselho Europeu, que será realizada entre quinta e sexta-feira (27 e 28).
    "A UE conseguirá parar a imigração irregular apenas se for capaz de implantar políticas globais e inteligentes com os nossos vizinhos e mais", destacou.
    "As parcerias globais só poderão funcionar se a questão da migração for acompanhada de uma série de interesses compartilhados, que incluem a segurança, o desenvolvimento econômico, a energia e o comércio", acrescentou von der Leyen.
    Ela destacou, como exemplos, o memorando de entendimento firmado em 2023 com a Tunísia e a cooperação com a Líbia, a Mauritânia e o Egito, que estão entre os principais países de origem de migrações irregulares.
    O tema é alvo de especial interesse da Itália, que é a principal porta de entrada na Europa de migrantes forçados pela rota do Mediterrâneo Central, especialmente através da ilha de Lampedusa.
    Em um discurso nesta quarta à Câmara dos Deputados também em vista da reunião do Conselho Europeu, a premiê italiana, Giorgia Meloni, rechaçou as críticas que recebe da oposição por seu objetivo de endurecer as medidas anti-imigração no país.
    "Quem determina quem é irregular e quem não? Está definido pela lei, as regras, a lei que diz que existem métodos legais para entrar na Itália e que não é permitido entrar dando dinheiro aos contrabandistas", disse.
    Na mesma ocasião, Meloni criticou o acordo que teria sido atingido entre os líderes do bloco para os principais cargos de comando da UE, incluindo a reeleição de von der Leyen ao comando da Comissão Europeia. (ANSA)

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