A presidente do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira (26) que parcerias com países fora do bloco são fundamentais para o pacto europeu sobre migração e asilo.
"A dimensão externa é um fator chave para o sucesso do pacto, porque só com parcerias que funcionem bem conseguiremos obter uma cooperação voltada a prevenir as partidas e a combater o tráfico de migrantes, além de garantir repatriações fáceis para pessoas sem direito de residência", avaliou.
As declarações foram dadas em uma carta enviada aos líderes dos Estados-membros em vista da reunião do Conselho Europeu, que será realizada entre quinta e sexta-feira (27 e 28).
"A UE conseguirá parar a imigração irregular apenas se for capaz de implantar políticas globais e inteligentes com os nossos vizinhos e mais", destacou.
"As parcerias globais só poderão funcionar se a questão da migração for acompanhada de uma série de interesses compartilhados, que incluem a segurança, o desenvolvimento econômico, a energia e o comércio", acrescentou von der Leyen.
Ela destacou, como exemplos, o memorando de entendimento firmado em 2023 com a Tunísia e a cooperação com a Líbia, a Mauritânia e o Egito, que estão entre os principais países de origem de migrações irregulares.
O tema é alvo de especial interesse da Itália, que é a principal porta de entrada na Europa de migrantes forçados pela rota do Mediterrâneo Central, especialmente através da ilha de Lampedusa.
Em um discurso nesta quarta à Câmara dos Deputados também em vista da reunião do Conselho Europeu, a premiê italiana, Giorgia Meloni, rechaçou as críticas que recebe da oposição por seu objetivo de endurecer as medidas anti-imigração no país.
"Quem determina quem é irregular e quem não? Está definido pela lei, as regras, a lei que diz que existem métodos legais para entrar na Itália e que não é permitido entrar dando dinheiro aos contrabandistas", disse.
Na mesma ocasião, Meloni criticou o acordo que teria sido atingido entre os líderes do bloco para os principais cargos de comando da UE, incluindo a reeleição de von der Leyen ao comando da Comissão Europeia. (ANSA)
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