O Tribunal Administrativo Regional de Trento aceitou hoje (22) novos pedidos apresentados por ativistas dos direitos dos animais contra a segunda ordem para matar a ursa Kj1, assinada no último sábado (20) pelo governador da província italiana, Maurizio Fugatti.
O animal é suspeito de ter atingido um turista francês, de 43 anos, nos braços e nas pernas, enquanto ele corria em Naroncolo, perto da cidade de Dro, em Trentino-Alto Ádige, em 16 de julho.
Segundo as autoridades locais, a ursa geralmente aparece na região acompanhada de três filhotes. A primeira ordem para matá-la foi anunciada pouco mais de 24 horas depois do ataque, mas diversas ONGs de defesa dos direitos animais entraram com processos para barrar o abate e conseguiram reverter a medida.
No entanto, Fugatti voltou a decretar o sacrifício da ursa, fornecendo provas de que ela foi responsável pelo ataque, e provocou novamente protestos de ativistas, que querem enviar o animal para uma reserva na Romênia.
Na sequência, a justiça decidiu suspender o novo decreto de abate pela segunda vez. Para Gian Marco Prampolini, presidente da ONG Leal, que apresentou um pedido de medida cautelar, é "importante proteger, ainda que passo a passo, a vida de uma mãe ursa que nunca causou problemas antes e protege seus filhotes de predadores e caçadores furtivos".
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA