(ANSA) - No último dia de sua visita ao Japão, onde participou da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu a possibilidade de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, tema que desencadeou uma crise entre os ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente.
"Se extrairmos petróleo da foz do Amazonas, que está a 530 quilômetros do Amazonas, em alto mar, e isso causar problemas para o Amazonas, certamente não será explorado. Mas eu acredito que sim, porque está a 530 quilômetros da Amazônia. Vou conversar para saber", disse Lula ao sair da coletiva de imprensa em um hotel em Hiroshima na manhã desta segunda-feira (22), horário do Japão.
O Ibama, vinculado ao Meio Ambiente, negou autorização à Petrobras para perfurar um poço exploratório localizado a 160 km do Amapá.
No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou à Petrobras que não retire a sonda instalada nessa bacia, e Marina Silva, do Meio Ambiente, expressou "preocupação" em relação aos riscos dessa exploração.
Lula assegurou que o Brasil cumprirá seu compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e afirmou que o país passa por uma transição energética profunda e tem autoridade moral e política para discutir questões ambientais.
"Não queremos transformar a Amazônia em um santuário, precisamos explorar a riqueza da biodiversidade e gerar empregos limpos para que a Amazônia e o planeta possam sobreviver", ressaltou. (ANSA)
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