(ANSA) - O Parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira (9) uma lei que proíbe a venda de carne de cachorro, prática tradicional que estava na mira de ativistas havia tempos e que era motivo de embaraço para o país no exterior.
O texto foi chancelado por um placar de 208 a 0 e entrará em vigor após um período de transição de três anos.
A criação, o abate e a venda de cães para consumo serão puníveis com até três anos de prisão ou com multa de até 30 milhões de wons, o equivalente a cerca de R$ 110 mil.
A medida teve o apoio tanto do Partido do Poder Popular, do presidente Yoon Suk-yeol (que tem quatro cães e três gatos), quanto do Partido Democrático, principal força de oposição, em um contexto de crescente número de proprietários de animais domésticos no país.
Trabalhadores do setor de carne de cachorro ganharão subsídios do governo para encontrar outro trabalho, em uma nação que conta com 1,15 mil criadouros de cães, 34 abatedouros, 219 distribuidores e cerca de 1,6 mil restaurantes que usam esse produto em seus cardápios.
"Essa proibição marca uma reviravolta significativa na postura da Coreia do Sul em relação à proteção dos animais", disse Lee Sang-kyung, porta-voz da filial local do grupo animalista Humane Society International.
"Isso é a prova da paixão e determinação da população sul-coreana e dos nossos políticos amantes dos animais, que entregaram esse setor obsoleto aos livros de história", acrescentou. (ANSA)
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