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Agosto de 2024 foi o mais quente da história, diz órgão da UE

Agosto de 2024 foi o mais quente da história, diz órgão da UE

Planeta vem se mantendo consistentemente acima de meta de 1,5ºC

ROMA, 06 de setembro de 2024, 18:37

Redação ANSA

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Pedestre se protege contra onda de calor em Roma, capital da Itália, em julho de 2024 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pedestre se protege contra onda de calor em Roma, capital da Itália, em julho de 2024 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O mês de agosto de 2024 foi o mais quente para o período na história da humanidade, empatado com 2023, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia.
    Segundo relatório publicado pelo organismo, agosto passado registrou uma temperatura média de 16,82ºC, 0,71ºC acima da média do período entre 1991 e 2020 e 1,51ºC maior que a média entre 1850 e 1900, a chamada era pré-industrial, que serve de referência para metas contra o aquecimento global.
    Ainda de acordo com o C3S, trata-se do 13º mês dentre 14 com recorde mensal de calor (a exceção é julho de 2024, segundo mais quente para o período), reforçando as projeções de que 2024 pode superar 2023 como ano mais quente na história.
    Nos últimos 12 meses, a temperatura média global foi a mais alta já registrada em períodos de duração igual, 1,64ºC acima da era pré-industrial.
    A meta mais ambiciosa do Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, mas são necessários pelo menos 20 anos acima desse patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.
    Se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos, incluindo furacões, secas e inundações.
    O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5ºC até o fim do século.
   
   

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