Os governos dos países da Amazônia concordaram em criar um mecanismo financeiro de cooperação contra o desmatamento, a seca e as queimadas indiscriminadas na maior floresta tropical do planeta.
A decisão foi tomada em reunião entre os ministros das Relações Exteriores e representantes de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), no âmbito da COP16 da Biodiversidade, em Cali.
Os países, no entanto, não divulgaram as quantias que serão destinadas a esse mecanismo, que era previsto na declaração final da Cúpula da Amazônia, em Belém, em agosto de 2023.
Por outro lado, se comprometeram em implementar "estratégias amazônicas para gestão de risco de desastres" e fortalecer as atuais redes de manejo de fogo e as autoridades hídricas, com o objetivo de "recuperar áreas afetadas por incêndios" na floresta.
"O crescente desmatamento, a degradação ambiental, as atividades ilícitas transfronteiriças, incluindo crimes ambientais e a violência contra defensores dos direitos humanos, juntamente com o aumento da frequência de secas, inundações e incêndios, estão desencadeando uma crise ambiental na região que exige medidas urgentes e coordenadas por parte dos países amazônicos, assim como o apoio da cooperação internacional", diz a Declaração de Cali.
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