A China rechaçou nesta terça-feira (26) as especulações de que poderia exercer influência no Twitter após a concretização da venda da rede social para o bilionário Elon Musk.
"Percebi que estão tentando adivinhar", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, ao ser questionado sobre o assunto. "Não há bases factuais para isso", acrescentou.
Na última segunda-feira (25), o bilionário americano Jeff Bezos, fundador da Amazon, havia insinuado que a China teria uma nova esfera de influência com a compra do Twitter por Musk.
"O governo chinês acaba de ganhar um pouco de influência na praça da cidade?", questionou o magnata, citando uma mensagem no Twitter que abordava a dependência da fabricante de carros elétricos Tesla, principal empresa de Musk, em relação à China.
"Minha resposta a essa pergunta é provavelmente não. O resultado mais provável é complexidade para a Tesla na China, ao invés de censura no Twitter. Mas vamos ver. Musk é muito bom em navegar nesse tipo de complexidade", acrescentou Bezos.
Cerca de metade dos carros elétricos vendidos pela Tesla são fabricados em Xangai, cidade mais populosa da China, e a empresa também depende das baterias de lítio produzidas no país asiático.
Na última segunda-feira, o conselho de administração do Twitter aceitou uma proposta para vender 100% da empresa para Musk por cerca de US$ 44 bilhões. Com isso, a rede social se tornará uma companhia de capital fechado e com um único dono.
A operação, no entanto, ainda precisa do aval dos acionistas e de órgãos reguladores. (ANSA)
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